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Gestão de Projetos na era da Transformação Digital

01/07/2020

Artigo desenvolvido por Letícia Kralik e Christian Lima.

A Gestão de Projetos é um assunto que existe desde a década de 60 (no século passado) e foi disseminado mundialmente por meio da criação do Project Management Institute (PMI) em 1969.

Quando falamos em Gestão de Projetos, logo lembramos da Gestão Tradicional, que era realizada por meio de longos documentos descritivos de escopo, projetos de anos de execução com apenas uma grande entrega ao final. Além de períodos extensos para levantamento de requisitos, cronogramas com datas distantes e responsabilidades centradas conforme as atividades detalhadas.

E a evolução da Gestão de Projetos?
A evolução veio conforme nossa necessidade de adaptação ao Mundo VUCA, um mundo de negócios acelerado, em constante crescimento e desenvolvimento.

O Mundo VUCA

Você já ouviu falar sobre o Mundo VUCA?
A sigla V.U.C.A. começou a ser utilizada no final dos anos 90 pelo exército americano e tinha como objetivo descrever diversas situações e contextos de guerra. A sigla era utilizada para que o exército tratasse de ferramentas e métodos necessários que indicassem ambientes extremamente agressivos ou desafiadores.

Em sua tradução, a sigla V.U.C.A. tem como significado:
· Volatility
(Volatilidade);
· Uncertainty
(Incerteza);
· Complexity
(Complexidade);
· Ambiguity
(Ambiguidade).

Atualmente vivemos em ambientes que, apesar de termos bons conhecimentos sobre as situações em que estamos inseridos e ampla noção de previsibilidade de nossas ações, podemos considerar que possuem um contexto VOLÁTIL. Pois, apesar dos atributos serem positivos, sabemos que os cenários podem mudar rapidamente e os conhecimentos podem se tornar obsoletos.

Quanto a INCERTEZA, vivenciamos situações imprevistas que nos impedem de saber sempre sobre as próximas ações, mesmo que tenhamos o conhecimento necessário sobre elas.

Cenários de COMPLEXIDADE podem ser considerados aqueles em que possuímos pouco conhecimento sobre determinados contextos e situações, mesmo que saibamos com bastante precisão sobre os resultados de nossas ações.

E por último, quando estamos em cenários em que temos pouca previsibilidade das ações e baixo conhecimento, podemos considerar que estamos em um cenário de AMBIGUIDADE.

Se identificou com algum ou todos os cenários apresentados acima?
Calma! Todos nós estamos passando por este novo ciclo em que, cada vez mais, identificamos a necessidade de agilizar, flexibilizar e automatizar os nossos processos para que tenhamos resultados em um curto espaço de tempo.

Nossos clientes exigem resultados rápidos e a concorrência é grande, por isso não podemos pedir que aguardem. Essa adaptação também é necessária na Gestão de Projetos, considerando o mercado de tecnologia e tendo em vista as demandas oriundas da Transformação Digital, além das startups que surgem diariamente com ideias disruptivas e formas de escalar atividades que antes levavam longos períodos de levantamento de requisitos e cronogramas fechados com datas escritas em pedra, que nesse mundo em que vivemos não são mais cabíveis.

E como adaptamos a Gestão de Projetos na área de Tecnologia?
A melhor maneira de se adaptar às demandas do mundo VUCA é sempre buscar novas formas de realizar a gestão: obter novas ferramentas, novos métodos e se reinventar sempre. Sem nunca esquecer quais atividades são relevantes para a sua marca se relacionar e, principalmente, nunca deixar de lado o foco do cliente. E por foco do cliente, queremos dizer que devemos ir além de mapear jornadas e observar nossos clientes e nos colocarmos no lugar dele, mudando a mentalidade do “foco no cliente” para o “foco do cliente”.

Métodos Ágeis

1. Você sabe de onde os Métodos Ágeis surgiram?
No início da década de 90 começaram a surgir os chamados Métodos Ágeis de Gerenciamento de Projetos, mais especificamente na área de Engenharia de Software.
Equipes frustradas com os resultados obtidos na entrega de projetos realizados de acordo com os métodos tradicionais decidiram trabalhar em novas abordagens iterativo-incrementais para a execução do desenvolvimento de softwares, com as quais o feedback era constante e era necessário o mínimo de documentação possível para iniciar a execução das atividades.

2. Porque eles são chamados de Ágeis?
Nesta época, métodos e frameworks como Scrum, XP e Crystal começaram a se popularizar graças aos resultados obtidos por seus criadores nas empresas em que trabalhavam. Mas foi em fevereiro de 2001 que o Manifesto Ágil ganhou força após a publicação de um encontro entre 17 profissionais que descreveram alguns princípios e valores que já praticavam em suas atividades diárias ao executarem seus projetos de desenvolvimento.

Neste encontro estavam presentes alguns dos maiores expoentes da Engenharia de Software mundial, tais como:
Kent Beck – Programação extrema, ou simplesmente XP, é considerada uma metodologia ágil pois se ajusta bem a pequenas e médias em desenvolvimento de software com requisitos vagos e em constante mudança.
Alistair Cockburn – Conhecido pelo “O coração da Agilidade”, onde descreve que pessoas têm maior valor do que processos e ferramentas.
Jeff Sutherland e Ken Schwaber – São os criadores do processo de desenvolvimento de software Scrum.
Martin Fowler – Autor conhecido na área de arquitetura de software, especializado em análise orientada a objetos, UML, padrão de projeto de software e metodologias de desenvolvimento ágil de software.

“Métodos Ágeis focam nas pessoas e na interação entre elas, uma vez que falhas de comunicação acontecem o tempo todo nos projetos.“ (Duarte, 2018)

3. O que diferencia um Método Ágil de um Tradicional?
Métodos Tradicionais: quando projetos são geridos com muitas documentações e os processos estão acima das pessoas, tornando assim o ambiente mais rígido de forma que, nos dias de hoje, não consiga mais preencher os gaps de comunicação que ocorrem quando focamos na agilidade.

Métodos Ágeis: as pessoas estão acima dos processos e, ao invés de propor ainda mais ferramentas, os métodos ágeis diminuem a burocracia e recomendam maior comunicação entre as equipes. O foco está no valor a ser entregue, uma vez que o sucesso de um projeto não está na aplicação de um método, mas sim na satisfação do cliente.
Na prática, o foco está na construção de produtos por blocos, sem escopo fechado, com completo entendimento da necessidade do cliente) e de maneira sustentável para o time.

Valores:
· Os indivíduos e suas interações acima de procedimentos e ferramentas;
· O funcionamento do software acima de documentação abrangente;
· A colaboração com o cliente acima da negociação e contrato;
· A capacidade de resposta a mudanças acima de um plano pré-estabelecido.

O ambiente de tecnologia é repleto de novas técnicas de gestão, tais como:
· Metodologias Ágeis;
· Lean;
· Canvas;
· Kanban;
· Scrum;
· Design Thinking.

São muitas opções para abandonar o velho jeito de fazer gestão!

O que um cliente quer quando contrata uma solução de TI?
O cliente espera que tenha retorno de seu investimento de forma rápida. Espera que as configurações e instalações sejam ágeis, de maneira que ele não pague pela ferramenta que ainda nem está usando. Espera, ainda, tudo isso com segurança dos dados. E se realizarmos o Kick Off (reunião inicial) do projeto utilizando um Canvas? E identificarmos todos os Stakeholders (partes interessadas) do projeto através da identificação de personas e suas expectativas? E se enviarmos o plano de projeto utilizando o Lean Canvas, com suas várias pequenas entregas estimadas?

Temos certeza de que essas trocas terão impacto positivo na entrega do projeto ao cliente. Não há dúvidas que ferramentas ágeis vão trazer resultados aos poucos, permitindo a validação das entregas do projeto em tempo de errar rápido e prontamente consertar. O cliente ficará satisfeito recebendo a primeira entrega de forma ágil e participando das definições para as próximas entregas. A comunicação é crucial, basta o cliente estar ciente e participando dessa construção.

Ao atualizarmos nossa forma de realizar a Gestão de Projetos, de acordo com as necessidades impostas pelo mundo VUCA, seremos cada vez mais capazes de realizar entregas de valor alinhadas com as reais necessidades de nossos clientes. Afinal de contas, cada vez mais nossos clientes buscarão por soluções ágeis para resolver problemas reais, o que será crucial para a geração de valor sobre as atividades realizadas.

Referências Bibliográficas
DUARTE, Luiz. O que são métodos ágeis?. Escritório de Projetos, 2018. Disponível em: https://escritoriodeprojetos.com.br/o-que-sao-metodos-ageis. Acesso em: 22, Outubro de 2019.

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