Nem sempre a alta procura por um produto implicará em uma operação logística mais lucrativa. Existem casos nos quais um item acaba se sobrepondo a outros, causando o acúmulo de mercadoria parada no estoque. A proliferação de SKU consiste justamente nisso, sendo uma fonte de inconveniente e ineficiência na gestão do armazém de uma empresa.

Na prática, gestores de logística precisam observar uma série de variáveis antes de aumentar a oferta de um item específico. Do contrário, o que parecia ser algo positivo pode se tornar uma grande dor de cabeça, dando margem para os concorrentes se aproveitarem dessa situação.

Para entender melhor como lidar com a proliferação de SKU, continue lendo o artigo!

O que é a proliferação de SKU?

É o aumento na quantidade de um produto no estoque, visando atender a um pico na demanda. Para facilitar o entendimento desse conceito, daremos um exemplo hipotético envolvendo o mercado de roupas. Suponha que uma loja vende bastante calças jeans na cor azul. Com essa peça tendo bastante saída, o gestor tem a ideia de aumentar a variedade de cores nas calças jeans, fazendo ingressar no estoque modelos nas cores preta, amarela, verde e cinza, por exemplo.

Por consequência, outras peças acabam ficando paradas no armazém, visto que a maioria ou quase todas as cores de calça jeans estão com boa vazão do estoque. Somente tendo acesso a planilhas de vendas, é possível saber se a venda das calças jeans está ou não compensando o dinheiro parado das demais mercadorias.

Como é feito o gerenciamento de SKU no armazém?

Quem trabalha em armazém sabe que o espaço é literalmente ouro. Mais que isso, todos os itens devem estar o mais acessíveis possível, visando reduzir ao máximo o tempo de separação, embalagem e expedição até o cliente. Na prática, o gerenciamento eficiente do SKU consiste em aproveitar melhor os espaços e promover a chegada de novas mercadorias sem gerar uma bagunça no armazém.

Existem várias formas de promover esse gerenciamento. Uma delas é adotar as estantes ou os arquivos móveis. Estes são usados, respectivamente, em mercadorias organizadas em paletes e caixas. A ideia, sempre válido ressaltar, é a de acomodar o máximo possível de produtos, independentemente de haver a proliferação de SKU.

Quais os inconvenientes da proliferação de SKU?

Voltando ao exemplo das calças jeans, pode acontecer também de as vendas serem referentes apenas a uma cor ou a outra. Logo, a ideia de diversificar um produto acabará fracassando, mostrando que aquilo não estava, de fato, alinhado ao que o cliente queria. Dado esse cenário, podemos até mesmo inferir que as pessoas têm preferência maior por uma calça azul ou preta, principalmente se for usar diariamente no trabalho, por exemplo.

Confira, a seguir, os principais inconvenientes de fazer a proliferação do SKU.

Erros operacionais

Tudo parte de um entendimento equivocado acerca dos clientes e do mercado. Em outras palavras, proliferar o SKU sem o devido planejamento de demanda aumenta o risco de falha na organização dos itens no estoque, sem contar o risco de os produtos acabarem ficando ultrapassados. Este último cenário é possível de acontecer, por exemplo, no mercado de produtos eletrônicos.

Custos adicionais

Armazenar qualquer produto implica um custo. Em geral, os gastos logísticos são classificados, além dos custos de armazenagem, em dois outros tipos: abastecimento e transporte. O primeiro envolve diretamente o setor de compras e todo o processo envolvendo, por exemplo, cotações e contatos com fornecedores.

Já o segundo, como o nome sugere, envolve uma variável que impacta bastante a operação logística: o preço do combustível. Portanto, aumentar por aumentar a oferta de um produto não significa que o fluxo de receitas será positivo. Muito pelo contrário, é possível até mesmo ficar no vermelho e esses custos logísticos se tornarem proibitivos. Não obstante, a proliferação de SKU também implica contratar ou realocar pessoal para trabalhar no armazém.

Capital imobilizado

Voltando mais uma vez ao exemplo das calças jeans, quando ocorre a imobilização de capital, é porque outros itens não estão mais com a mesma vazão do estoque. Se antes a movimentação de camisas, por exemplo, já era discreta, esse cenário se tornará ainda pior, o que representa um prejuízo no setor logístico.

Como é de se esperar, o único jeito de evitar esse inconveniente seria se todos os itens tivessem uma alta rotatividade. Na prática, tal cenário costuma ser bastante improvável, impossibilitando a empresa de usar esse capital imobilizado em outras áreas do negócio.

O que é a racionalização de SKU?

Considerando que não dá para confiar na rotatividade de todos os itens, a melhor alternativa à proliferação do SKU é a sua racionalização. Basicamente, racionalizar consiste em um processo inverso, visando minimizar custos adicionais do aumento na oferta de um produto no armazém.

Às vezes, a racionalização de SKU sacrifica um pouco a diversidade de opções de um mesmo produto. No entanto, trata-se de uma prática crucial no equilíbrio, na organização e no controle de custos do estoque. Na prática, a ideia é eliminar itens que não estão com boa rotatividade ou ficaram obsoletos, de modo a aumentar o espaço disponível no armazém.

Alguns benefícios importantes de racionalizar o SKU incluem:

• maiores lucros na operação logística;
• simplificação do estoque;
• redução dos custos logísticos (armazenagem, transporte e abastecimento).

Como a eSales pode ajudar na gestão de SKU?

Sem processos e tecnologias, é praticamente impossível fazer uma boa gestão de SKU. Dito isso, a eSales pode ser a sua parceira na implementação de estratégias para otimizar o estoque e racionalizar o SKU. Trabalhamos com soluções modernas voltadas para logística inbound e outbound, promovendo inteligência operacional e maior comunicação entre embarcadores e transportadores.

A proliferação de SKU é um problema que pode trazer muitos custos e dores de cabeça aos gestores de logística. Por isso, a racionalização é um processo crucial, pois ajuda na melhor organização dos itens no armazém, otimizando custos, espaço e o tempo necessário para atividades como a localização e a separação dessas mercadorias antes da entrega.

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