Um dos maiores obstáculos da movimentação de mercadorias é o cálculo da tarifa dos serviços de entrega. Isso ocorre porque é importante equilibrar os gastos e a margem de lucro para manter os preços competitivos e, consequentemente, economizar no frete.
Essa possibilidade afeta tanto empresas que têm frota própria como aquelas que contratam transportadoras terceirizadas. Por isso, o gestor logístico deve acompanhar a execução do processo de perto para encontrar fontes de redução de custos.
Criamos este conteúdo com dicas importantes que podem ajudar a melhorar os seus resultados. Continue lendo!
Como os custos logísticos afetam os seus negócios?
Os gastos com o processo logístico consomem uma fatia significativa do faturamento da indústria. Por esse motivo, é importante compreender como a composição dos custos pode ser responsável pela queda na lucratividade.
Ao mesmo tempo, deve-se manter a qualidade dos serviços prestados, pois esse é um aspecto que contribui para a confiabilidade do consumidor. Um dos principais desafios que os gastos elevados causam é a queda da competitividade perante o mercado.
Nesse cenário, o consumidor pode optar por buscar preços mais acessíveis para as suas necessidades. Portanto, é recomendado avaliar cada atividade com o intuito de buscar oportunidades de aprimoramento e redução do desperdício de recursos.
Quais práticas ajudam a economizar no frete?
Economia por si só não é a solução de problemas financeiros. Um dos principais desafios é a racionalização da utilização de recursos para poder aumentar a eficiência da operação. Por isso, reunimos iniciativas que podem otimizar os resultados.
1. Aprimore o processo de estocagem
Já sabemos como a manutenção de altos níveis de estoque é um fator fundamental para o envio dos pedidos com agilidade. Por outro lado, quanto maior a quantidade de mercadorias armazenadas, maior será a necessidade de gastos financeiros para manter o espaço.
Desse modo, a avaliação da demanda do mercado é uma das formas utilizadas para garantir o atendimento dos pedidos, porém sem gerar excedentes. Como resultado, não há atrasos nas entregas que possam prejudicar o cliente.
O espaço do armazém também pode passar por modificações para que a sua organização ou layout tenham o foco em melhorar o tempo gasto com as atividades de:
- descarga de materiais;
- separação e expedição de pedidos;
- embarque de mercadorias;
- alocação nas prateleiras.
Portanto, a gestão dos estoques consiste em manter os níveis baixos, mas, ao mesmo tempo, mantendo a disponibilidade de produtos para os compradores.
2. Crie parcerias com diversas transportadoras
Essa é uma prática muito comum em indústrias que têm clientes em localidades distantes. Em muitos casos, a dependência de uma única transportadora resulta em tarifas altas de frete para realizar a distribuição de forma eficiente.
Por isso, uma estratégia que busca ampliar o alcance das entregas deve considerar a contratação de empresas de transporte locais. Essa medida garante também o cumprimento dos prazos estabelecidos.
Existe ainda a opção de adotar modais alternativos, o que minimiza a utilização do transporte rodoviário. As entregas aéreas são uma opção que obtêm resultados nesse sentido, pois agrega agilidade ao processo. Essa alternativa é muito utilizada para o envio de produtos com urgência para clientes que a veem como uma solução aceitável, mesmo que o custo seja mais elevado.
O sistema de transporte também ajuda no gerenciamento das transportadoras, já que é possível integrar as solicitações de frete em uma mesma plataforma.
3. Mapeie a localidade dos clientes
O mapeamento dos clientes fornece diversas informações que podem ser utilizadas para aprimorar atividades como:
- o planejamento da rota ideal;
- a estimativa do prazo de entrega;
- a programação de janelas de entrega;
- o monitoramento da carga durante o trajeto.
Essa é uma oportunidade de desenvolver serviços cada vez mais qualificados, o que possibilita a redução de custo. A roteirização do trajeto, por exemplo, representa uma fonte de economia, visto que sua criação pode ser parametrizada para criar rotas que necessitam de menos gastos com combustível.
Também é possível aumentar e otimizar o número de entregas por veículo. Como consequência, o gestor obtém a utilização racional dos recursos e o aumento da produtividade.
Além disso, é importante destacar o aumento da segurança da operação logística com os equipamentos de monitoramento veicular. Afinal, essa é uma necessidade das empresas que atuam com a distribuição de mercadorias pelo transporte rodoviário.
4. Qualifique a equipe logística
É fundamental considerar o elemento humano na operação de transportes para que a empresa seja bem-sucedida. Nesse sentido, é preciso reconhecer a importância de profissionais qualificados e treinados para exercer as suas atividades buscando melhores resultados.
Portanto, a disseminação de informação e conhecimento deve ser uma das missões do gestor para garantir que a sua equipe esteja a altura dos desafios. Diariamente a equipe deve ser capaz de fornecer soluções eficientes de problemas e atuar com flexibilidade para economizar no frete e outros recursos.
Essa medida deve começar com os motoristas da frota até o pessoal da área administrativa, para que a cadeia de suprimentos possa ser gerenciada com foco na otimização dos processos.
Assim, cursos práticos e treinamentos voltados para o desenvolvimento de habilidades gerenciais são essenciais para incentivar a equipe.
5. Invista em sistemas de gestão
Automação das atividades, agilidade e precisão das informações são apenas algumas das vantagens que a implantação de sistemas de gestão pode fornecer para a empresa.
Porém, o principal benefício, em termos de controle, reside na integração entre as áreas de:
- compras;
- produção;
- vendas;
- logística;
- fiscal.
Desse modo, a apuração de custos pode começar pelo abastecimento da linha de produção e, assim, gerar um preço de venda baseado no rateio do frete. Da mesma forma, toda a atividade logística pode ser acompanhada, desde a emissão dos documentos fiscais de transporte até o momento da entrega no destinatário.
Essa funcionalidade influencia de forma significativa a experiência do cliente. Por esse motivo, as ferramentas de rastreamento da frota devem possibilitar o compartilhamento de informações, como a estimativa de entrega e a localidade do veículo.
6. Escolha a embalagem ideal
O acondicionamento de mercadorias no compartimento de carga é ideal para preservar a sua integridade física e garantir o melhor aproveitamento do espaço. Por esse motivo, é fundamental utilizar embalagens compatíveis com as características da carga para evitar danos durante a viagem.
Sendo assim, o gestor deve estar preparado para escolher o material mais adequado. As caixas de papelão são as mais comuns e oferecem grande proteção, além de ajudarem a consolidar as cargas.
Já as caixas de madeira tendem a ser mais seguras para equipamentos, maquinários e produtos de ampla proporção. Essa seleção deve ser considerada um elemento estratégico da gestão logística.
Essa medida ajuda a reduzir a incidência de danos e problemas durante a entrega. Ao melhorar esse processo, a transportadora reduz as chances de ter mercadorias danificadas devolvidas e evita reclamações dos clientes.
7. Revise a tabela de frete
A tabela de frete é um documento essencial para gerenciar a prestação de serviços logísticos e cobrar preços que recompensam o trabalho da transportadora. Além disso, os valores também devem ser compatíveis com o mercado para que a empresa possa permanecer competitiva.
Isso também representa uma forma de demonstrar o valor do processo logístico e a sua importância para o atendimento dos clientes. Por isso, quando uma transportadora começa a enfrentar dificuldades financeiras, o primeiro recurso que deve ser analisado é a precificação.
Essa ação tem o propósito de identificar:
- tarifas defasadas;
- custos não estão sendo lançados corretamente;
- mudanças na precificação de acordo com o tipo de veículo;
- elementos que não foram reajustados recentemente, como combustíveis;
- mudanças na rota de entrega que resultam em mudanças na quilometragem percorrida.
8. Adote modelos de entrega diferenciadas
Hoje, a logística omnichannel é uma das principais tendências do segmento de transportes. Esse princípio emprega a ideia de que a entrega de mercadorias não precisa ficar restrita à localidade do cliente.
Assim, são introduzidos os pontos de coleta nos quais o cliente pode realizar a retirada do seu pedido quando for mais conveniente para a sua rotina. O recurso mais utilizado é a adoção de lojas físicas para consolidar as encomendas de acordo com a proximidade.
Além disso, também é possível utilizar agências dos Correios e criar parcerias com outros lojistas que dispõem de espaço para armazenar os pedidos. Recentemente, os lockers passaram a ser encontrados nos principais centros urbanos.
9. Adote o planejamento logístico
Uma atividade complexa como a movimentação de mercadorias não pode ser executada sem o devido planejamento de cada um das suas etapas. O propósito é evitar erros, antecipar potenciais obstáculos e implementar soluções com agilidade.
Isso faz com que a sua empresa esteja preparada para lidar com os desafios desse processo e atender aos clientes com qualidade. Esse é fator de diferenciação com relação à concorrência que ajuda a conquistar novas oportunidades de negócio.
Por isso, a nossa recomendação é valorizar a criação de planos e contingências para garantir o sucesso da atividade logística.
O sucesso da área logística tem impacto direto no crescimento e na eficiência do setor industrial. Devido ao seu valor estratégico, os gestores devem estar conscientes das particularidades dessa ferramenta para economizar no frete e reduzir falhas no processo. Além disso, a tecnologia representa uma vantagem que não pode ser deixada de lado devido a sua capacidade de aumentar a qualidade do trabalho.
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