Toda empresa precisa lidar com os processos logísticos de seus produtos e serviços, que vão desde a fabricação ou a venda do item até a entrega ao consumidor final. Esse processo é chamado de Supply Chain, também conhecido por cadeia de suprimentos ou logística.
A ideia desse conceito é envolver todos os integrantes do processo — como fornecedores, fabricantes, distribuidores, varejistas e consumidores — para agilizar as etapas e obter resultados positivos, por exemplo, a satisfação dos clientes.
A questão é: como fazer a gestão da cadeia de suprimentos? É o que vamos apresentar neste post. Para abranger todos os tópicos importantes sobre esse assunto, abordaremos os seguintes:
- o que é cadeia logística;
- por que esse processo é essencial;
- principais funcionalidades;
- maiores vantagens;
- desafios na gestão.
E aí, quer saber mais? Aproveite essa oportunidade!
1. O que é a gestão da cadeia de suprimentos?
Esse é um processo que interliga diferentes empresas, a fim de tornar os processos mais ágeis e garantir que os consumidores sejam mais bem atendidos. Além das empresas que integram a cadeia logística, estão abrangidas diferentes funções, como:
- marketing;
- distribuição;
- armazenamento;
- operações;
- desenvolvimento de produtos.
Esse processo é essencial para as organizações. É por isso que surge o conceito de gestão da cadeia de suprimentos, que traz mais eficiência para as operações e assegura maior controle sobre os fluxos de informação, produto e capital. O resultado é uma performance global melhor e com duração de longo prazo.
1.1. A Supply Chain na prática
A cadeia de suprimentos é mais facilmente entendida quando o conceito é exemplificado na prática. Esse processo é composto por diferentes etapas, porém, elas variam conforme o produto com qual a empresa trabalha. Essas fases impactam diretamente o resultado final e, por consequência, a satisfação do consumidor. Em outras palavras, fica evidente que reduzir a cadeia logística à empresa é um erro, já que esse é um processo maior e que abrange os seus clientes.
Por isso, a prática da cadeia logística depende do tipo de empresa que você tem. No caso de uma loja que apenas vende os produtos, a etapa de fabricação não existe, já que os itens são adquiridos de um fornecedor. No entanto, o atraso do parceiro pode levar a prejuízos para o lojista em relação ao consumidor final. Portanto, é importante conhecer questões relevantes e que afetam essa relação, como períodos de sazonalidade, prazo de entrega, formas de trabalho do fornecedor, entre outros aspectos.
Já no caso de uma indústria, a cadeia logística é muito mais ampla e conta com diferentes etapas. Entre elas, podem ser citadas aquisição de insumos e matérias-primas, transporte até a fábrica, produção, estoque, processo de embalagem, venda para o lojista, distribuição etc.
Todos esses momentos devem ser constantemente monitorados para evitar imprevistos que impactem negativamente o consumidor final. Assim, há uma responsabilidade conjunta entre indústria e lojista. É o esforço de ambos que garante o melhor atendimento ao cliente.
De modo geral, a cadeia de suprimentos afeta a vida profissional, social e pessoal. Isso pode ser verificado de maneira bastante simples: a entrega errada ou demorada de um produto comprado pela Internet ou, ainda, a falta de algum item no menu do restaurante. Essas situações cotidianas demonstram a importância da cadeia de suprimentos e de sua gestão. Além disso, a empresa é beneficiada de diferentes maneiras, como veremos mais para frente.
1.2. Como funciona a gestão da cadeia de suprimentos
O funcionamento do Supply Chain se dá pelos seguintes componentes:
- produção, sendo um fator influenciado diretamente pelas demandas do público e as circunstâncias do mercado;
- fornecimento, sendo necessário que haja o cumprimento de prazos e o gerenciamento de todos os fornecedores;
- estoque, cabendo à empresa determinar, com o máximo de exatidão, quais as quantidades de um item serão necessárias para evitar indisponibilidade ou excesso;
- localização: o lugar onde a empresa está faz toda a diferença, de modo que ela consiga obter vantagens logísticas e competitivas;
- transporte: crucial tanto na entrega das mercadorias ao cliente como nos procedimentos relacionados com a logística reversa;
- informação: são os dados que a empresa coleta. Além disso, a integração entre os setores é crucial para a informação ser, de fato, relevante e trazer bons resultados ao negócio.
1.3 Responsabilidades do gestor de Supply Chain
Em empresas de grande porte é comum que os colaboradores assumam diversas responsabilidades e com o gestor de Supply Chain não é diferente. As suas atribuições incluem o processo de tomada de decisão quanto a iniciativas de nível estratégico como:
- a gestão de estoque;
- a avaliação dos custos operacionais;
- a previsibilidade da demanda;
- o gerenciamento de pedidos, fornecedores e distribuidores.
A relação com a equipe também é um dos pilares desse cargo. Por isso, temos aspectos relacionados à comunicação transparente e honesta, bem como, o desenvolvimento da equipe sob sua supervisão.
Além disso, o seu papel inclui o desenvolvimento de ideias e inovações relacionadas aos processos de gestão e controle. Isso faz parte de uma iniciativa de melhoria contínua para a criação de soluções que permitam reduzir custos, aumentar receita e minimizar riscos.
1.4 Etapas da cadeia de suprimentos
Como muitas atividades de transportes, a gestão da cadeia de suprimentos segue um fluxo estruturado para maximizar a eficiência e melhorar o atendimento aos clientes. Assim, temos as seguintes etapas:
1.4.1 Fornecimento
Você já deve saber que os fabricantes de produtos participam da cadeia de suprimentos na etapa de abastecimento de insumos e distribuição de produtos acabados. Dessa forma, o fornecimento é fundamental para a execução das demais atividades.
1.4.2 Estocagem
Inclui o recebimento, separação e alocação dos materiais que serão aplicados no processo produtivo. Por isso, o gestor deve planejar o estoque mínimo para cada item e alcançar um equilíbrio para evitar o excesso de estoque e a sua ruptura.
1.4.3 Produção
De acordo com a demanda é criado o planejamento da produção bem como o provisionamento dos recursos necessários para manter a fabricação em pleno funcionamento. Essa medida garante que os prazos serão atendidos conquistando assim, a satisfação dos clientes.
1.4.4 Distribuição
O processo de transporte é estratégico para garantir a entrega dos pedidos com qualidade e agilidade. Assim, o gestor deve optar por usar uma frota própria e lidar com os custos ou terceirizar esse processo para uma empresa especializada.
1.4.5 Informação
Por fim, o fluxo de informação consiste em compartilhar documentos fiscais, comunicar incidentes, rastrear a frota e concluir a etapa de pagamento dos pedidos após a entrega.
2. Por que o processo de Supply Chain é essencial?
A cadeia de suprimentos é importante porque traz mais eficiência e rapidez às operações que fazem parte desse processo. Há diversas áreas abrangidas por essa etapa. Entre elas, estão:
- matérias-primas;
- documentos;
- equipamentos;
- informações;
- insumos;
- pessoas;
- meios de transporte;
- organizações.
Esses elementos fazem parte da cadeia logística e seu fluxo eficaz assegura melhor competitividade e resultado. Por isso, eles devem ser gerenciados de forma eficiente.
2.1. A importância do Supply Chain Management
A gestão da cadeia de suprimentos é um conceito que evoluiu da logística e é mais amplo que ela. Enquanto a segunda se refere à integração interna de atividades, a primeira é relativa à incorporação externa, ou seja, os fluxos de informações e materiais são ampliados até o consumidor final. Essa é uma abordagem sistêmica, complexa e interativa, que aumenta as fronteiras organizacionais. A gestão é importante para que o desempenho da cadeia de suprimentos seja constantemente monitorado e avaliado.
Quando as metas são alcançadas, o gerenciamento pode identificar alternativas para implementar mudanças necessárias, para aprimorar ainda mais os processos. Desse modo, garante-se a eficiência da logística, fazendo com que o produto certo chegue na quantidade precisa, no lugar e no tempo correto, nas condições predeterminadas e com o menor custo possível.
2.2. A abrangência da gestão da cadeia de suprimentos
Esse é outro ponto relevante e que demonstra a importância do processo. Afinal, a cadeia logística relaciona-se a 3 eixos principais:
- Processos de negócios: indicam o motivo da existência da gestão e a finalidade dele;
- Tecnologias, iniciativas, sistemas e práticas: apresentam as maneiras inovadoras que possibilitam que os processos de negócios sejam executados;
- Pessoas e organização: abrangem a estrutura empresarial, além da capacitação de pessoas e institucional, para viabilizar o gerenciamento da cadeia de suprimentos.
É importante destacar que esses vieses trabalham de modo conjunto e de acordo com uma escala evolutiva, que deve se relacionar à estratégia. As táticas que devem ser adotadas, no entanto, dependem da própria empresa.
A mais comum é a análise de dados (normalmente a respeito da demanda), aliado ao conceito de risk pooling, que informa que a maior procura agregada apresenta menor variabilidade nas previsões feitas. Essa conceituação permite refletir melhor sobre os impactos das operações e das decisões da cadeia logística. A análise pode ser aplicada em diferentes áreas, como gerenciamento de estoques, transporte, localização de armazéns e fluxo de produtos.
3. Quais as principais funções?
A gestão da cadeia de suprimentos faz a análise desde a fabricação ou a entrada do pedido do cliente até a entrega ao consumidor. Esses processos atualmente são mais ágeis, mas anteriormente, quando a concorrência era menor, os ciclos eram mais longos, o que permitia às empresas ter um melhor controle das incertezas.
Nesse cenário anterior, era possível desempenhar as funções de modo isolado e sob a responsabilidade de especialistas. Hoje, a ampla dinâmica do mercado, a globalização e a exigência maior dos clientes obrigam os ciclos dos produtos a serem mais curtos, o que proporcionou o surgimento do gerenciamento da cadeia logística.
Em outras palavras, a logística passou de um conceito restrito — que se direcionava à distribuição física de bens e materiais — para outro mais abrangente, que entende que a cadeia de suprimentos faz parte de um todo. Portanto, é um processo que integra os diferentes enfoques, para trazer mais eficiência à logística.
3.1. Parcerias e alianças estratégicas
Essa é uma questão principal devido ao relacionamento que se estabelece entre as empresas dentro da Supply Chain Management. Essa relação pode se firmar entre:
- cliente e fornecedor;
- cliente e cliente;
- fornecedor e fornecedor.
A ideia da estratégia colaborativa é unir esforços para que as atividades logísticas sejam exploradas e gerem vantagens para todas as partes. No entanto, muitas vezes, o pensamento está desestruturado. Em alguns casos, o foco é voltado para as operações, outros têm o viés direcionado para o marketing e, ainda, há aqueles que enfatizam a engenharia. No entanto, é preciso pensar de forma integradora para aplicar a gestão da cadeia de suprimentos.
3.2. A aplicação da gestão da cadeia logística
A literatura sobre esse conceito deixa claro que as empresas devem repensar suas estratégias competitivas, fronteiras organizacionais e competências centrais. Deve-se ter em mente que a gestão da cadeia de suprimentos considera os trade offs internos e também os interorganizacionais. Isso significa que a organização precisa empreender esforços para integrar os processos dentro da empresa e as atividades-chave, responsáveis por interligar os diferentes integrantes da cadeia de suprimentos.
Um exemplo dessa situação é a aquisição de insumos e o desenvolvimento de produtos e fornecedores, que podem abranger atividades de pesquisa, marketing, operações, finanças e, claro, a própria logística. Isso significa que a empresa se tornou um sistema aberto. As fronteiras se tornam tênues e a organização pode estar misturada ao ambiente, os clientes e os fornecedores.
Nesse contexto, a gestão da cadeia de suprimentos surge como uma tentativa de reestruturar as fronteiras para viabilizar o gerenciamento dos processos. Essa medida reforça a competitividade, gera a diminuição de custos e ocasiona o surgimento de um diferencial competitivo. Assim, é um ponto-chave para sustentar e efetivar as estratégias mercadológicas.
Confira algumas dicas que ajudam a gerenciar a Supply Chain na sua empresa.
3.2.1. Obtenha mais agilidade e controle da linha de produção
O primeiro passo é mapear os processos da empresa, para que, assim, a organização tenha controle total sobre a produção. A ideia é identificar falhas e vulnerabilidades, como a demora para a realização de uma atividade ou a dependência de determinado fornecedor, o que impede uma negociação melhor. Com esse acompanhamento, você tem a chance de prever e tornar a solução de problemas mais rápida.
3.2.2. Compartilhe o sistema de gestão da cadeia de suprimentos com o fornecedor
A empresa precisa equilibrar o seu estoque, para não sofrer com a falta ou o excesso de itens armazenados. Afinal, isso pode ocasionar a interrupção da produção ou custos desnecessários, que podem gerar perdas. Essa situação pode ser evitada pelo compartilhamento do sistema de gestão, já que, assim, os fornecedores entregam os itens conforme a demanda. Entretanto, é preciso que os processos sejam sincronizados entre comprador e parceiro.
3.2.3. Melhore as previsões de demanda
A projeção de itens necessários é essencial para evitar faltas, perdas e excessos. As demandas analisadas devem ser internas e externas. Por isso, o método mais adequado é a avaliação histórica dos dados, que permite verificar de quanto deve ser o crescimento ou a retração e identificar períodos de sazonalidade. Ainda, deve-se agregar outros fatores, como a possibilidade de imprevistos e as variações do mercado.
3.2.4. Faça parcerias com fornecedores eficientes e inovadores
Sua empresa deve focar na inovação, mas é importante que os parceiros também trabalhem dessa forma. Isso faz com que o potencial para desenvolver produtos e processos seja facilitado, o que contribui para a eficiência do empreendimento. Também, lembre-se de verificar se o fornecedor atende a quesitos de qualidade, capacidade de entrega e comprometimento.
3.2.5. Integre as equipes que fazem parte da cadeia logística
A gestão da cadeia de suprimentos só será efetiva se as projeções de vendas, elaboradas no planejamento estratégico, forem integradas a outras etapas da organização. Por exemplo, produção, finanças, custos orçamentários, investimentos e fluxo de caixa.
Um exemplo dessa eficiência é o alinhamento entre o plano de operações e das vendas, que permite chegar ao ponto de equilíbrio em relação à capacidade produtiva e à demanda dos clientes.
3.2.6. Use um software para gerenciar os processos
Um sistema é essencial para gerir a cadeia de suprimentos. Ele deve ser completo e capaz de se integrar e implantar em todos os níveis organizacionais, como é o caso dos ERPs. A ideia é usar apenas um software porque, assim, há mais agilidade e eficiência nas operações, além de reduzir os erros humanos e as situações inesperadas.
3.2.7. Controle a performance dos fornecedores
A falha de um parceiro pode trazer grandes prejuízos ao seu negócio. Por isso, controlar o desempenho dos fornecedores é uma forma de assegurar a capacidade produtiva, a eficiência e os resultados positivos.
4. As 5 principais vantagens da Supply Chain
O ato de gerir a cadeia de suprimentos traz diversos benefícios para as empresas. O maior controle do fluxo dos processos permite que a organização tenha resultados mais competitivos e se diferencie da concorrência.
Contudo, ainda há outras vantagens. Confira as principais!
4.1. Melhoria dos serviços
A finalidade maior da cadeia de suprimentos é aprimorar os serviços para o consumidor final, por meio da entrega do pedido correto e na quantidade requerida. Por meio dessa prática, é possível reduzir custos com a aquisição de matérias-primas e produtos.
Outro benefício é conseguir prever melhor a demanda e manter em estoque somente o que é necessário. Assim, o serviço de atendimento é melhorado antes, durante e depois da venda. A melhoria dos serviços ainda impacta positivamente a satisfação dos consumidores, o que aumenta a possibilidade de fidelização e melhora a reputação da empresa diante dos concorrentes e do público-alvo.
Outros quatro fatores diretamente impactados pelo nível de serviço ao cliente são:
- elevação da disponibilidade de produtos: ocorre devido a melhor projeção de demanda e redução de custos. Com isso, há menos ruptura no estoque e mais disponibilidade dos itens, com mais giro;
- diminuição do tempo de ciclo do pedido: é devida à adoção de ferramentas que deixam mais rápida a troca de informações, o dimensionamento das operações, o planejamento e a coordenação das ações entre as empresas;
- aumento da confiabilidade dos prazos de entrega: há maior estabilidade e disciplina nas operações, por conta do planejamento coordenado entre as partes. Essa medida impede a concentração de pedidos em um período específico e traz mais visibilidade aos processos, o que diminui a quantidade de atrasos;
- crescimento da flexibilidade: é possível fazer encomendas especiais aos fornecedores, devido ao estreitamento da relação com eles. Com isso, pode-se atender às expectativas dos clientes, por exemplo, fazendo entregas em condições especiais, seja fora do horário, seja em um local diferente do centro de distribuição.
4.2. Redução dos custos operacionais
A adoção da gestão da Supply Chain permite diminuir os custos de operação. Pois, há menos gastos com estoque e produção (devido à compra somente dos materiais corretos e na quantidade predeterminada), além do controle da qualidade e do gerenciamento de insumos armazenados.
4.3. Aperfeiçoamento das finanças
As práticas adotadas na gestão da cadeia de suprimentos garantem maior equilíbrio financeiro, devido ao aumento do lucro. Isso também é proporcionado pela menor necessidade de ativos fixos, que podem ser traduzidos em armazéns, fábricas e transportadores.
A situação é decorrente do fato de que a sua empresa pode fazer parcerias com fornecedores regionais. Isso assegura que esses ativos fixos sejam terceirizados, diminuindo os custos e tendo a possibilidade de acesso mais rápido aos produtos.
4.4. Velocidade mais rápida de resposta ao mercado
Esse benefício se traduz em dois vieses principais. O primeiro é que os fluxos de informação são bidirecionais. Ou seja, os dados sobre a capacidade produtiva de transportadores e fornecedores são rapidamente disponibilizados para as empresas que compram e revendem aos consumidores finais. Assim, elas podem equilibrar sua oferta e torná-la mais atrativa.
O segundo ponto é que a integração entre as partes possibilita que necessidades, exigências, desejos e anseios possam ser traduzidos em produtos e serviços. Isso ocorre de modo mais rápido e assegura a inovação contínua para a organização.
4.5. Capacidade de se adaptar às mudanças
A competitividade exige que as empresas consigam se adaptar às mudanças constantes do mercado. Isso permite prevenir riscos sistêmicos e atender a diferentes requisitos dos clientes.
Essa flexibilidade ocorre, principalmente, devido a:
- o uso das informações de demanda dos consumidores para moldar a oferta de produtos e serviços;
- o alinhamento entre as equipes de desenvolvimento, que trabalham focando a padronização e o postponement, que garante menores estoques intermediários e assegura a resiliência da cadeia.
5. Quais os desafios na gestão de Supply Chain?
O gerenciamento da cadeia de suprimentos também passa por alguns obstáculos que devem ser enfrentados pelas empresas, a fim de que os benefícios sejam conquistados. Entre os principais desafios, estão:
5.1. Exigências do consumidor
Os clientes tornaram-se mais exigentes com o advento da Internet. Por meio da rede mundial de computadores, é possível pesquisar sobre produtos, serviços e empresas, expor as opiniões e fazer críticas. Essa situação mudou o comportamento do consumidor e exige que as organizações estejam adequadas ao novo contexto empresarial.
Nesse sentido, é preciso prever as demandas dos consumidores e fazer as compras de acordo com essa projeção, garantindo a satisfação, evitando que o cliente busque outra empresa e assegurando a redução de custos. Outra questão relevante é oferecer uma experiência de compra diferenciada, que ultrapasse as expectativas dos consumidores e potencialize a fidelização. Isso pode ser assegurado de diferentes formas, por exemplo, por meio do varejo multicanal.
5.2. Tecnologia
Esse item pode ser o diferencial para ultrapassar os obstáculos, especialmente no quesito integração. O ideal é usar softwares que garantam às empresas envolvidas nas operações saber o que está ocorrendo. Isso acontece por meio da visualização ampla e em tempo real dos processos, o que possibilita identificar falhas e problemas. Desse modo, evitam-se imprevistos e assegura-se uma performance mais positiva.
5.3. Complexidade da cadeia de suprimentos
A cadeia logística é composta por diferentes etapas, o que traz complexidade ao processo. Isso significa que algumas ações são facilitadas, enquanto outras podem apresentar falhas. No caso de problemas, o mais comum são falhas na padronização, o que prejudica a eficiência. Novamente, a tecnologia pode ser a aliada aqui e resolver a situação.
5.4. Adoção de métricas
Os processos devem ser mensurados para garantir a melhoria do desempenho. Com a cadeia de suprimentos é a mesma coisa — no entanto, esse é um desafio. Existem diferentes métricas que podem ser adotadas nesse cenário. Contudo, é recomendado usar o Modelo de Referência das Operações na Cadeia de Abastecimento (SCOR), porque é focado na medição das operações da cadeia logística.
Essa metodologia pode ser resumida a partir de 3 conceitos:
- reengenharia dos processos: descreve o estado atual e o que se deseja para o futuro das operações;
- benchmarking: quantifica a performance de empresas ou processos semelhantes e define novos objetivos internos;
- melhoria dos processos: adota as práticas recomendadas de gestão, que dirigem a melhores resultados.
5.5. Integração de processos e equipes
Como a Supply Chain é algo complexo e ultrapassa os limites de uma organização, a integração entre os diversos setores se torna bastante complicada. Vale destacar que a boa comunicação e sincronismo não devem se limitar aos departamentos mais diretamente relacionados com a SCM, precisando se estender também a áreas como o financeiro e o contábil da companhia.
5.6. Controle de estoque
Nem todos os fatores estão sob o controle da empresa na hora de gerir os estoques. Essa é uma das razões que torna esse um dos maiores desafios da SCM, exigindo, entre outras coisas, planejamento e otimização de processos. Não obstante, atividades repetitivas e não informatizadas referentes a estoque são bastante suscetíveis a erros, contribuindo para problemas, como indisponibilidade ou excesso de itens.
5.7. Relacionamento com os fornecedores
Do que adianta um fornecedor oferecer boas condições de pagamento se o insumo demora para chegar na empresa? São muitas as situações possíveis nesse sentido, cabendo aos responsáveis pela SCM fazer todo o gerenciamento e o relacionamento com os fornecedores, de modo a avaliar o custo-benefício de cada contrato que foi firmado.
5.8. Transporte e distribuição
O Brasil tem uma forte dependência da malha rodoviária. Além disso, muitas estradas não estão em boas condições, elevando o custo de manutenção da frota. Tudo isso, somado à complexidade da Supply Chain, faz com que o transporte e a distribuição de mercadorias se torne um grande desafio, considerando também a logística reversa, relacionada com os procedimentos de devolução ou retorno da mercadoria à empresa.
6. Como superar esses desafios?
Superar os desafios citados passa, necessariamente, por um planejamento estratégico da Supply Chain. Alguns passos podem ser seguidos nesse sentido, como:
- fazer uma revisão dos contratos de fornecedores, de modo que seja construída uma rede sólida de parceiros, que traga elevado custo-benefício ao negócio;
- na hora de negociar com os fornecedores, sempre ter o meio-termo entre preço e qualidade dos insumos;
- usar uma solução de Supply Chain que consiga gerenciar com eficiência os estoques e os processos, envolvendo a cadeia de suprimentos.
Tanto o desafio com fornecedores como os demais que citamos podem ser mais bem lidados com o uso da tecnologia. Uma solução de Supply Chain ajudará a empresa em todos os processos, desde a previsão de demanda até a mensuração dos resultados. Nós, da eSales, temos soluções que trazem maior eficiência, agilidade, segurança e automação à SCM, por meio de Inteligência Artificial e Deep Learning.
7. Quais são as principais tendências?
A modernização dos processos é um caminho sem volta, principalmente em decorrência da transformação digital pelo qual as empresas estão passando. Assim, algumas das tendências mais relevantes são:
- Automação de processos: consiste em automatizar as rotinas mais importantes para melhorar a execução das atividades e os resultados;
- Big Data: esse conceito permite utilizar os dados coletados para extrair insights sobre o mercado, o que ajuda a desenvolver novas ideias que melhoram a experiência de compras; e
- Estratégia Omnichannel: a sua proposta é integrar os canais de atendimento para fortalecer esse relacionamento. Assim, é possível melhorar a experiência dos clientes por meio de processos de processos de compra descomplicados e ágeis;
- Sustentabilidade: a responsabilidade socioambiental das empresas é um compromisso que envolve fornecedores e parceiros. Além do impacto positivo na sociedade, essa é uma característica valorizada pelo mercado que busca consumir de forma sustentável.
Como você pôde perceber ao longo deste artigo, a gestão da cadeia de suprimentos é um processo relevante e que deve ser adotado pelas organizações. Apesar disso, há obstáculos a ultrapassar, que levam à melhoria do negócio e à conquista dos benefícios.
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